A Ação da Cidadania inaugurou hoje, dia 01/12, o Laboratório de Práticas Alimentares da Escola de Gastronomia Social com uma aula especial em parceria com o chef Claude Troisgros, um dos maiores nomes da gastronomia contemporânea. A celebração marca uma nova etapa na implantação do projeto que comporta o espaço dedicado à prática profissional em cozinha brasileira na sede nacional da organização, localizada na Gamboa.

Daniel Souza, Presidente do Conselho da Ação da Cidadania, Jeniffer Barboza, Gerente da Área de Projetos, Claude Troigros, Winnie Louise, Coordenadora da Escola de Gastronomia Social, e Julia Schuback, Coordenadora da Área de Projetos participaram da inaugaração.
Além de contar com uma infraestrutura profissional de excelência, alinhada com as melhores escolas de gastronomia do país, o Laboratório foi pensado para ir além do ensino convencional. O espaço da Escola de Gastronomia Social é palco para formações que conectam técnica, produção do conhecimento a partir dos territórios e comunidades, como cursos livres e de média duração que preparam profissionais para atuar em estabelecimentos comerciais, empreendimentos no campo da alimentação e iniciativas de base comunitária onde a comida é também a sobrevivência e direito. Essa abordagem única garante que cada estudante desenvolva competências para o mercado e, ao mesmo tempo, consciência do impacto social da gastronomia.
Como marco dessa inauguração, Claude conduziu uma aula preparando um peixe com banana e batata-baroa, três ingredientes fundamentais da cultura alimentar brasileira que atravessam nossa história: o peixe como base das tradições ribeirinhas e costeiras; a batata-baroa como raiz indígena que sustenta práticas culinárias em diversas regiões; e a banana d’água, presente da Amazônia ao Sudeste, símbolo de afeto, abundância e ancestralidade.


“A potência da cultura alimentar brasileira nasce do encontro entre a valorização da nossa biodiversidade e dos indivíduos que residem nos territórios, transformando a cozinha em um lugar de pertencimento e memória. Formar profissionais que entendam a importância do conhecimento técnico aliado à valorização dos ingredientes e saberes locais é desenvolver o futuro da gastronomia. Aqui, cada prato conta uma trajetória e queremos que os nossos alunos contem as suas a partir das suas experiências na cozinha”, reforça Winnee Louise, coordenadora da Escola de Gastronomia Social.
Desde julho, quando iniciou suas atividades, a Escola já formou 180 alunos em cursos de curta e média duração que unem prática intensiva, pesquisa e repertório sobre a cultura alimentar brasileira. Para 2026, o objetivo é formar 800 pessoas, com prioridade para públicos historicamente excluídos, como mulheres negras, LGBTQIAP+, povos e comunidades tradicionais e moradores de periferias, ampliando caminhos de geração de renda e emancipação econômica.
“A Escola de Gastronomia Social fortalece o nosso Hub de Segurança Alimentar com uma formação que olha para as urgências do presente. Ensinar gastronomia considerando crises, clima e vulnerabilidades é preparar profissionais capazes de garantir o direito à alimentação em qualquer realidade. Combater a fome é também investir em conhecimento, trabalho e autonomia”, conta Jeniffer Barboza, gerente de Projetos da Ação da Cidadania.
Além da formação técnica, a Escola estrutura ações de inserção profissional, com banco de talentos e articulação com redes de parceiros estratégicos, fortalecendo trajetórias que conectam cultura, trabalho e impacto social.
Apresentado pelo Ministério da Cultura com o apoio Grupo Carrefour Brasil e Ambev, a Escola de Gastronomia Social integra o Hub de Segurança Alimentar e Nutricional da Ação da Cidadania, que já reúne iniciativas como a Cozinha Solidária RJ, Hortas Agroecológicas e o Banco de Alimentos.

