'Fome ajuda a explicar evasão nas universidades', diz representante de reitores

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Fonte: Folha de S.Paulo

O relato de universitários que dizem não ter o que comer é um novo capítulo do drama de um país no qual há crianças que têm na merenda escolar a única refeição do dia.

Em um cenário de aumento da fome, do desemprego e da alta da inflação, especialmente a de alimentos, o repasse do governo federal para a alimentação de estudantes de escolas públicas está congelado desde 2017 –para cada aluno da pré-escola o valor é de apenas R$ 0,53, e para os do fundamental, ainda menor, R$ 0,36.

"O congelamento desse valor é um dos motivos da evasão escolar, porque há muitas famílias que matriculam os filhos na escola em razão da merenda", aponta Kiko Afonso, diretor-executivo da Ação Cidadania. A ONG foi criada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, para o combate à fome no Brasil e se tornou referência.