Fonte: Nosso Orgulho
Fotos: Blinia Messias
O Prêmio Nosso Orgulho 2021 é uma realização da Silhueta Produções e conta com o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa por meio de recursos da Lei Aldir Blanc e conta também com o apoio da Prefeitura do Rio e da UNAIDS.
O primeiro vencedor anunciado pelo mestre de cerimônias Felipe Martins, idealizador e coordenador do Nosso Orgulho 2021, foi o Capacitrans. Vencedor do troféu Responsabilidade Social, foi representado por sua fundadora e coordenadora, a estilista Andréa Brazil. A segunda premiação da tarde foi para a Ação da Cidadania na categoria Aliada.
Ao subir ao palco para receber o troféu, Andréa salientou o quão gratificante é ver um sonho ser reconhecido. “O Capacitrans está caminhando para o terceiro ano. Mais de 200 pessoas passaram por ele, prioritariamente pessoas trans, mas a gente não vira as costas para as outras letras do segmento”, afirmou. O projeto oferece capacitação profissional em moda, beleza e empreendedorismo para a população lgbtqia+, como maior foco em travestis e transexuais.
Andréa também chamou a atenção para a importância da luta LGBTQIA+ ser uma responsabilidade de toda a sociedade.
“Hoje eu estou tentando ajudar dentro da causa capacitando, buscando oportunidade de empregabilidade e todo o tipo de solidariedade à causa, porque isso tem que ser abraçado por todos, todas e todes”.
O troféu na categoria Aliada foi para a Ação da Cidadania. Em 2020, a instituição distribuiu dez toneladas de alimentos para dez ONGs LGBTQIA+ doarem para as populações em situação de vulnerabilidade.
Representando a Ação da Cidadania, o jornalista Diego Cotta usou o momento para refletir sobre o papel da mídia na perpetuação da lgbtfobia e estereótipos sobre a população LGBTQIA+, mas também pode ser agente transformador da sociedade.
“Essa mesma mídia pode ser vista e utilizada como uma ferramenta estratégica para a gente furar preconceitos, melhorar a vida das pessoas LGBTQIA+”.
Assim como Andréa, Diego ressaltou a importância de ações conjuntas contra os diversos tipos de opressões.
“O que eu venho observando no cotidiano é que são os movimentos sociais que não largam a mão de ninguém. Nenhuma política pública nesse país foi conquistada sem a força e o dia a dia de luta dos movimentos sociais”.